terça-feira, 20 de novembro de 2007
O Castelo
O castelo é símbolo da transcendência, estando localizado para tal efeito, num local alto e de difícil acesso. Assim, é também representativo de riqueza e força.
Existem várias situações nos contos em que surge este ícon:
1. Possui um tesouro;
2. Possui prisioneiros;
3. É habitado por um monstro;
4. É a morada da família real;
Em 1 e 2, é apresentada uma personagem fraca que deve ultrapassar uma série de obstáculos/dificuldades para atingir o tesouro ou libertar o prisioneiro. Deste modo, supera-se a si própria e demonstra que a humildade é um valor que contribui para a felicidade e realização do bem. Sinónimo de clausura principalmente nos casos em que é uma princesa a aprisionada, o símbolo é encarado como “o despertar da sua consciência” a partir do momento do seu resgate, fazendo acreditar que o amor é um sentimento que, embora possa parecer impossível nalgumas situações, pode ser recíproco.
Em 3, há situações em que o monstro pode não só ser um obstáculo como também o domínio do mal sobre os habitantes da localidade adjunta ao castelo, metáfora que define mais uma vez uma luta necessária entre o bem e o mal, onde a opressão é apresentada como valor negativo. O edifício é a reflexão do carácter do monstro, representando-se comummente de forma sombria e tenebrosa nesta situação.
Em 4 é referido como a morada da família real, não sendo mais que uma indicação adicional ao seu carácter de luxúria e ostentação.
Em suma, conhecer o castelo é um acção de introspecção, procura do auto-conhecimento e conjunção dos desejos, utilizando-se como ferramenta epopeica dos contos de fadas.
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